Olho fixamente pra mim... E tudo se mostra tão claramente que ofusca meus olhos de solidão. É como um quadro exposto... Cores vivas! Tudo pintado pra mim e pro mundo inteiro ver... Apesar de todos os respingos de ilusão...
Quando meus olhos se turvam diante das cores que emanam daquela pintura, meu coração parece esquecer da figura desenhada por trás de tantas nuances... Mas, basta piscar pra ficar de frente pro velho quadro pintado... Paisagem estática... Levando o que poderia ser meu de mim... Esfregando em minha cara tudo que eu queria esquecer... Tudo que eu costumo não lembrar em dias rosados!
Meu 'Abraço' à la Romero Brito, num passe de mágica, se entristece... O palhaço da pintura fica triste e assume uma lágrima no canto direito do olho... Lágrima que nasce no canto esquerdo do peito! Triste, ele sorri e abre os braços pras possibilidades do que poderia ter sido... Perde o colorido... Assume o cinza...
"Lembro que sempre sonhei viver de amor e de palavra..."